Um dia, eu me vi fraca, achei que
precisava de uma fortaleza e a encontrei. Era diferente das fortalezas
comuns, mas exatamente do jeito que eu esperava… forte, cativante,
acolhedora, despertava o melhor de mim. Eu estava incrivelmente feliz!!!
Em minha fortaleza, desabrochei como uma
flor, deixei fluir o melhor de mim, meu melhor aroma e a beleza antes
escondida. Fui mulher com letras maiúsculas.
Desaprendi como viver fora daquela
fortaleza, que me fazia tão bem e deixava tão segura. De alguma forma,
não tinha medo de que ela ruísse. Eu me deixei proteger e pela primeira
vez na vida abaixei minhas muralhas de defesa.
Devotei tanto amor a essa fortaleza que
não percebi que estava forçando suas ranhuras. E, após demonstrar o amor
que também sentia por mim, desabou.
Pela segunda vez na vida, fiquei sem
chão, sem rumo, frágil e incapaz!! Nunca imaginei ver a fortaleza em
queda. Questionei o amor, a força daquela fortaleza… questionei a mim
mesma.
Vi a fortaleza se transformar em flor…
demonstrar ser frágil. E eu, flor, tornei-me forte para sustentar a
antiga fortaleza, agora uma frágil flor.
Entendi que posso ser flor para o resto
da vida, demonstrar minha sensibilidade e fragilidade para o mundo,
porque a qualquer momento sou capaz de me fazer fortaleza!!
(Texto publicado hoje em minha coluna no
Retratos da Alma: www.retratosdaalma.com.br)
Comentários
Postar um comentário